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segunda-feira, 16 de março de 2015




O senador McCain, controleiro norte-americano para o terrorismo,
 escutado pelo chefe do Estado Islâmico, Al-Baghdadi
 

O ANIVERSÁRIO


Diz-se que a História é escrita pelos vencedores, mas nos tempos que correm ela é igualmente obra de imbecis e mentirosos amestrados no obscurantismo da propaganda. No caso da guerra civil síria, como ainda não há vencedores, apenas centenas de milhares de vencidos cujas vidas foram sacrificadas aos riscos de sangue com que se redesenha o mapa do Médio Oriente, prevalecem as sentenças tão delirantes, como idiotas e mistificadoras dos papagaios de serviço às ordens dos que alimentam o conflito enquanto apregoam a democracia e os direitos humanos.
Vamos então a factos, agora que se completaram quatro anos sobre a data do início da guerra estabelecida pelos que a relatam torta e por linhas tortas.
É mentira que a guerra tenha começado porque o regime da família Assad reprimiu manifestações inseridas naquilo a que convencionou chamar-se “primavera árabe”, e que aliás deu excelentes resultados como sabemos pelos exemplos do Egipto, da Líbia, do Bahrein, do Iémen e fiquemos por aqui para não termos de nos alongar sobre países que vivem sob esplendorosas primaveras como a Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Iraque. Por muito que estas palavras possam vir a ofender os olhos de quem anda a ver demasiados telejornais, as acções das tropas de Damasco foram provocadas pelo facto de grupos terroristas injectados no território sírio ao serviço de países estrangeiros, os suspeitos do costume, terem cavalgado sobre as intenções genuínas dos manifestantes, adulterando-as, a exemplo do que aconteceu na Líbia, com os resultados conhecidos. Não é por acaso que um dos terroristas favoritos da NATO em território líbio, Abdelhakim Belhadj, se transformou num dos angariadores de mercenários islâmicos para a guerra civil síria.
Leitores medianamente informados não ignoram que o ovo da pestilenta organização que dá pelos nomes de Isis, ou Daesh, ou Estado Islâmico foi chocado na guerra civil síria pelos chamados “amigos da Síria” e da senhora Clinton a rogo do senhor Obama e do complexo militar industrial que governa os Estados Unidos e o mundo. Eles, esses tais amigos, insistem em dizer que os dinheiros, as armas, o recrutamento e as facilidades de treino por eles providenciados aos terroristas infiltrados na Síria, “libertadores”, como lhes chamam”, se destinavam aos “moderados”, mas a História – não a recitada pelos papagaios travestidos de jornalistas – revela que entre esses “moderados” e a Al Qaida ou Al-Nusra, ou Daesh, ou Estado islâmico ou Isis não existem diferenças porque os primeiros não passam de uma capa ténue incapaz de cobrir o resto, resumindo-se tudo numa palavra: terrorismo.
É de terrorismo que trata a guerra civil síria, essa é a verdade que se tenta esconder em mais este aniversário de uma operação criminosa alimentada pelos que proclamam a paz e a democracia sob as insígnias dos Estados Unidos da América e da União Europeia recorrendo aos prestáveis serviços do terrorismo israelita e dos seus aliados de reconhecidas virtudes democráticas como a Arábia Saudita, o Qatar e a Turquia, imprescindível pilar da NATO. Há poucos dias, um oficial israelita, dito Johnny entre os confrades, foi abatido pelo exército sírio nos Montes Golã quando prestava apoio a uma unidade dos “moderados” do Exército Livre da Síria directamente controlada pelo exército israelita. Para que não se pense, porém, que a generosidade israelita se esgota nesses tais “moderados” recordem-se as informações divulgadas pela própria imprensa israelita dando conta de que o primeiro-ministro Netanyahu não hesita em visitar terroristas do Isis, Daesh, Al Qaida, Al Nusra, o que for, nos hospitais israelitas onde são tratados aos ferimentos sofridos durante as operações contra o povo sírio montadas a partir dos Montes Golã, ilegalmente ocupados por Israel. Notem bem que isto se passa com um chefe de um governo que “não dialoga com terroristas” – na verdade apenas os cumprimenta e lhes estima as melhoras.
Histórias como estas não fazem parte das montagens oficiais sobre o aniversário da guerra civil síria distribuídas pelas centrais terroristas de propaganda e recitadas por mentirosos amestrados. E, contudo, elas existem.
 
 

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